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Do natural ao artificial: escolhendo as tripas certas para a produção

Há uma variedade de tripas empregadas na fabricação de embutidos e na prática da charcutaria, cada uma apresentando suas próprias particularidades. Neste texto, você encontrará informações sobre os diferentes tipos de tripas, como as tripas naturais e artificiais, além de entender as vantagens e desvantagens delas. Discutiremos a importância das tripas na criação de embutidos autênticos, a praticidade oferecida pelas tripas artificiais e as considerações relacionadas à segurança alimentar. Ao final, você terá um entendimento abrangente sobre as tripas e poderá fazer escolhas informadas ao produzir embutidos.

 

As tripas desempenham um papel essencial na produção de embutidos e na charcutaria, servindo como invólucro para a massa de carne, cumprindo a função de proteger os produtos de influências externas, além de conferir a forma desejada. Elas podem ser classificadas em naturais e artificiais, sendo as naturais provenientes de animais e as artificiais desenvolvidas em laboratório.

 

Cada tipo de tripa possui características e usos específicos, sendo importante considerar esses aspectos ao escolher qual utilizar. No caso das tripas naturais, são obtidas a partir de partes do sistema digestivo de animais como bovinos, suínos ou ovinos, passam por um processo de limpeza para remoção de mucosa e gordura, seguido por conservação e desidratação com sal. Devido à sua natureza natural, apresentam maior permeabilidade, o que as torna adequadas para linguiças frescas, especiais e defumadas, permitindo melhor aproveitamento em processos como defumação, maturação e secagem dos produtos. Além disso, elas apresentam uma variedade de tamanhos e espessuras, são macias, elásticas e aderem bem à massa. De maneira geral são muito apreciadas pelos consumidores devido à sua textura agradável na boca, proporcionando uma ótima sensação de mordida e mastigação. Vale ressaltar que as tripas naturais exigem refrigeração e demandam mais trabalho prévio de dessalgue e enxágue.

 

Já as tripas artificiais são produzidas a partir de materiais sintéticos, como celulose, colágeno e até mesmo plástico. Diferentes das tripas naturais, as artificiais são feitas por processos industriais e oferecem vantagens específicas. Uma das opções mais comuns é a tripa de colágeno, feita a partir da extração de colágeno da pele, ossos e tendões de animais. Elas são mais baratas em comparação com as tripas naturais, possuem menor permeabilidade e são adequadas para linguiças cozidas, salames e salsichas. No entanto, as tripas de colágeno são menos elásticas, têm capacidade de retração limitada e podem ter uma textura mais industrial.

 

Já as tripas de celulose são feitas a partir de fibra de algodão e/ou pasta de madeira. Elas são usadas principalmente na produção de salsichas tipo hot-dog, pois não aderem bem à massa e podem ser facilmente retiradas após o cozimento.

 

E no caso das tripas de plástico, elas são cozidas juntamente com o produto e, ao serem servidas, são retiradas da embalagem no momento do fatiamento, como acontece com o presunto e a mortadela.

 

A escolha das tripas artificiais depende das necessidades específicas de cada produto. Elas foram desenvolvidas como alternativas às tripas naturais, buscando oferecer facilidade de uso e padronização nos embutidos. Elas são mais práticas, pois geralmente vêm prontas para uso. Além disso, elas não exigem o cuidadoso processo de limpeza e enxague das tripas naturais. No entanto, é importante ressaltar que as tripas artificiais não possuem o mesmo sabor e textura das tripas naturais, o que pode afetar o resultado final e a aceitação do consumidor.

 

As tripas naturais e as tripas artificiais apresentam características distintas que devem ser consideradas na produção de embutidos. As tripas naturais possuem vantagens como uma textura mais macia na boca, um acabamento mais bonito com boa aderência, maior elasticidade e moldabilidade, além de serem mais permeáveis, permitindo uma ótima penetração de fumaça. Também são resistentes a altas temperaturas durante a cocção. Por outro lado, demandam mais tempo para preparação e seu formato não é padronizado. Além disso, possuem um custo mais elevado e menor rendimento.

 

Já as tripas artificiais oferecem vantagens como a padronização do produto, com calibre uniforme, formato padronizado e resistência a rasgos. Não exigem lavagem prévia, já vêm prontas para uso e possuem um custo mais baixo. Também seguram melhor a umidade dentro do produto, contribuindo para sua suculência, e apresentam maior rendimento. No entanto, apresentam algumas desvantagens, como uma textura grosseira na boca, baixa ou nenhuma penetração da defumação, acabamento com menor apelo visual e menor resistência a altas temperaturas durante a cocção. Portanto, a escolha entre tripas naturais e artificiais dependerá das preferências e necessidades individuais, considerando a textura desejada, o processo de produção, o custo e a qualidade final dos embutidos.

 

Por essas vantagens e desvantagens, que muitos charcuteiros e apreciadores de embutidos tradicionais ainda preferem utilizar tripas naturais, mesmo que isso demande um processo mais minucioso. O importante considerar as vantagens e desvantagens de cada tipo de tripa antes de decidir qual utilizar na sua produção.

 

Por isso que a escolha das tripas depende do objetivo e das preferências do produtor. Enquanto as tripas naturais oferecem autenticidade e tradição, as tripas artificiais, como as tripas colágenas, proporcionam praticidade e facilidade de uso. Cabe a cada um avaliar os aspectos de sabor, textura, facilidade de manuseio e segurança alimentar ao selecionar o tipo de tripa mais adequado. Ao explorar essas características e os aspectos de cada uma, você poderá tomar a melhor decisão e criar produtos de alta qualidade que atendam às expectativas.

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